Tipos de radioterapia
A radioterapia pode ser administrada de duas formas:
- Radioterapia externa: conhecida também como radioterapia convencional, é um tratamento que utiliza um feixe de radiação gerado externamente para atingir um volume alvo específico. Esse feixe tem o tamanho, a forma e a direção definidos com precisão para minimizar danos a tecidos saudáveis ao redor.
Geralmente, é realizada em sessões.
- Radioterapia interna: também é conhecida como braquiterapia e consiste no uso de fontes de radiação colocadas em uma distância bem próxima do tumor, sendo indolor, mas podendo gerar leves desconfortos.
Ela pode ser realizada de diferentes formas, incluindo um implante radioativo, uma solução líquida ou a aplicação por meio de injeção intravenosa. Dependendo da técnica utilizada, a internação do paciente por um curto período pode ser necessária.
Objetivos
Os objetivos da radioterapia podem ser variados:
- eliminar o tumor;
- impedir a recidiva da doença;
- aliviar sintomas como dor.
Prós e contras
Por ser um tratamento que pode ser feito de forma isolada ou combinada com outros tipos, os benefícios e riscos variam a cada caso. No geral:
Benefícios
- Menor impacto na rotina diária;
- sem necessidade de internação (a depender da técnica utilizada);
- sessões rápidas.
Riscos
- possibilidades de algumas células tumorais não serem completamente eliminadas, resultando no retorno do câncer;
- efeitos colaterais variados, que dependem da área do corpo que está sendo tratada.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais variam conforme a área tratada, a dose, o tipo de radiação e a capacidade de recuperação das células saudáveis. Geralmente, começam a surgir na terceira semana de tratamento e podem durar semanas ou meses após o término.
Efeitos colaterais mais comuns
- Fadiga: inicia-se algumas semanas após o início do tratamento e melhora gradualmente.
- Reações cutâneas: pele avermelhada, seca ou escamosa na área irradiada.
- Perda de cabelo: ocorre quando a radiação atinge a cabeça ou pescoço. Pode ser temporária ou permanente.
- Alterações sanguíneas: redução das células sanguíneas, especialmente quando combinada com quimioterapia.
- Náuseas e vômitos: mais comuns quando o estômago e o abdômen são irradiados.
- Perda de apetite: pode ocorrer devido a alterações no paladar, boca seca ou dificuldade para engolir.
Efeitos colaterais por região
- Cérebro: dores de cabeça, problemas cognitivos e neurológicos, inchaço cerebral, convulsões.
- Cabeça e pescoço: boca seca, aftas, dificuldade para engolir, alterações na voz, problemas dentários.
- Tórax: dor de garganta, rouquidão, tosse, pneumonite, fibrose pulmonar, problemas cardíacos.
- Abdômen: indigestão, diarreia, úlceras estomacais, problemas renais.
- Pélvis: problemas intestinais e urinários, infertilidade, alterações na função sexual.
Fertilidade e sexualidade
A radioterapia na região pélvica pode impactar a fertilidade. Homens e mulheres que desejam ter filhos devem conversar com um especialista antes do tratamento. Além disso, é comum haver perda temporária de interesse sexual, mas o desejo pode ser retomado após a recuperação.
Efeitos tardios
Com as técnicas atuais, os efeitos colaterais a longo prazo são menos frequentes. No entanto, podem incluir infertilidade, problemas cardíacos, alterações cognitivas, osteoporose e, raramente, o desenvolvimento de um segundo câncer.
Antes de iniciar o tratamento, converse com seu médico sobre os possíveis efeitos colaterais e estratégias para minimizá-los.