Dia Mundial da Leucemia Mieloide Crônica: conscientização sobre a doença e a importância da doação de medula óssea
Saiba mais sobre como a doação de medula óssea pode ter um impacto decisivo no diagnóstico de leucemia.
No dia 22 de setembro, Dia da Leucemia Mieloide Crônica (ou LMC), aproveitamos para conscientizar a população sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea. A iniciativa reforça a necessidade do diagnóstico precoce, estimula a solidariedade e promove o acesso à informação – ferramentas fundamentais na luta contra esse tipo de câncer.
O que é leucemia?
A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células do sangue e a medula óssea – o tecido esponjoso dentro dos ossos onde são produzidas as células sanguíneas. Ela se caracteriza pela produção desordenada dos leucócitos (glóbulos brancos), que passam a se multiplicar de forma anormal, invadindo a medula óssea e dificultando a formação de glóbulos vermelhos, plaquetas e outros componentes essenciais do sangue.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023–2025, são esperados mais de 11.540 novos casos de leucemia no Brasil, sendo cerca de 6.250 em homens e 5.290 em mulheres.
Tipos de leucemia
A doença é classificada de acordo com a velocidade de progressão (aguda ou crônica) e o tipo de célula afetada (linfoide ou mieloide). Conheça os principais subtipos:
- Leucemia linfoide crônica (LLC): Evolui lentamente, afeta principalmente pessoas acima de 55 anos e raramente crianças.
- Leucemia mieloide crônica (LMC): Com progressão inicial lenta, pode causar anemia, fadiga e infecções, mas também pode ser assintomática.
- Leucemia linfoide aguda (LLA): Progride rapidamente e é mais comum em crianças pequenas.
- Leucemia mieloide aguda (LMA): Avança de forma acelerada e atinge adultos e crianças, com maior incidência em idosos.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da leucemia variam de acordo com o tipo e estágio da doença, mas os mais comuns incluem:
- Fadiga persistente
- Palidez
- Febre sem causa aparente
- Infecções recorrentes
- Sangramentos ou hematomas incomuns
- Perda de peso
- Aumento de gânglios linfáticos
Por serem sinais muitas vezes inespecíficos, o diagnóstico costuma ser feito após exames de sangue de rotina ou quando os sintomas se tornam mais evidentes.
“Devido aos sintomas, nos casos de leucemia aguda, o paciente sente rapidamente que algo está errado e busca ajuda. Já as leucemias crônicas têm evolução mais lenta e, por vezes, silenciosa”, explica o Dr. Carlos Bernardo Loureiro Lima, hematologista da Casa de Saúde São José e da Oncoclínicas do Rio de Janeiro.
Como é feito o tratamento?
O tratamento depende do subtipo da leucemia, da idade do paciente, do estado geral de saúde e de outros fatores individuais. As abordagens incluem: quimioterapia, imunoterapia, terapias-alvo, radioterapia e o transplante de medula óssea, indicado em alguns casos específicos.
“Hoje, temos medicamentos que permitem tratamentos mais personalizados e menos tóxicos. Para além da medicação, quem recebe o diagnóstico precisa do apoio de uma equipe especializada e de uma rede de apoio sólida”, completa o Dr. Carlos.
O papel da medula óssea e da doação
Em muitos casos, o transplante de medula óssea é essencial para a cura da leucemia. Por isso, é fundamental ampliar o número de doadores cadastrados. Ser um doador é simples, seguro e pode salvar vidas.
Na Casa de Saúde São José, o Centro de Terapia Celular (CTC) é referência em onco-hematologia e transplantes. Desde sua inauguração, em fevereiro de 2024, o CTC já realizou transplantes de medula autólogos (em que as células do próprio paciente são usadas), com estrutura moderna e equipe multiprofissional.
“O CTC é um espaço acolhedor, com leitos equipados com filtros de ar especiais para segurança dos pacientes imunossuprimidos. Oferecemos um cuidado individualizado e multidisciplinar, do diagnóstico até o final do tratamento”, explica Thayane Moraes, coordenadora de enfermagem do Bloco Oncológico da CSSJ.
Esperança e qualidade de vida
Embora o diagnóstico de leucemia possa ser assustador, é importante lembrar que a medicina evoluiu muito nas últimas décadas. Hoje, muitos pacientes alcançam a remissão e vivem com qualidade.
“Manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática regular de atividade física, também são aliados importantes da saúde física e mental”, reforça a Dra. Adriana Penna, hematologista do Hospital Santa Catarina Paulista.
Nesta importante data e no restante do ano, compartilhe informação, incentive a doação de medula óssea e ajude a transformar a realidade de milhares de pessoas.
