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Radioterapia: o que é e como esse tratamento pode ajudar no combate ao câncer

Entenda como a radioterapia funciona, quando ela é indicada e quais são os cuidados necessários durante o tratamento

Por: Dr.ª Katia Marôcco
Médica radio-oncologista do Hospital São José

A radioterapia é uma das principais formas de tratar o câncer. Ela utiliza radiação para atingir diretamente as células do tumor, com o objetivo de destruí-las ou impedir que continuem crescendo. Além disso, pode ajudar a controlar dores, sangramentos e outros sintomas causados pela doença.

O tratamento é feito de maneira não invasiva, ou seja, o paciente não sente dor durante a aplicação nem percebe a radiação sendo emitida. Em muitos casos, a radioterapia é feita junto com a quimioterapia, potencializando os resultados.

Quando a radioterapia é indicada?

A radioterapia pode ser indicada em diferentes momentos do tratamento, dependendo do tipo de câncer e da condição clínica do paciente. Ela pode ser o único tratamento em casos como tumores de pele, próstata e laringe. Em outras situações, atua em conjunto com cirurgia e/ou quimioterapia, ajudando a reduzir o tumor antes da cirurgia (radioterapia neoadjuvante), a eliminar células doentes remanescentes após a cirurgia (adjuvante), ou, ainda, como tratamento principal (curativa), especialmente quando a cirurgia não é possível. Em casos mais avançados, pode ser usada de forma paliativa, para aliviar dores, sangramentos e outros sintomas, melhorando a qualidade de vida do paciente.

É importante desmistificar algumas ideias comuns: muita gente ainda acredita que a radioterapia só é usada em pacientes sem chances de cura, o que não é verdade. Hoje, entre 50% e 60% dos pacientes tratados com intenção curativa fazem radioterapia em alguma fase do tratamento. Outro mito comum é achar que quem faz radioterapia “fica radioativo” e não pode ter contato com outras pessoas, mas isso também não procede. A radiação age somente durante a aplicação e não “fica” no corpo, ou seja, o paciente pode manter contato normalmente com gestantes, crianças, idosos e animais de estimação.

Como funciona o tratamento?

Antes de iniciar a radioterapia, é feito um planejamento minucioso para garantir que o feixe de radiação atinja somente a área necessária, preservando ao máximo os tecidos saudáveis ao redor. Esse processo começa com uma tomografia da região a ser tratada. A imagem é enviada para um sistema de planejamento técnico, em que o médico radio-oncologista faz o contorno do tumor e dos órgãos próximos.

Com base nessas imagens, o plano de tratamento é elaborado em parceria com um físico médico, que define a técnica que será usada e a dose ideal de radiação. Tudo é pensado para alcançar os melhores resultados com o menor impacto possível para o corpo.

Depois dessa etapa, o paciente passa por uma marcação – que pode ser feita com tinta temporária, pequenas tatuagens permanentes ou moldes e máscaras – para garantir que a posição do corpo seja a mesma em todas as sessões. Isso é essencial para que o feixe de radiação atue com precisão, mantendo a segurança e a eficácia do tratamento.

O tratamento em si é dividido em sessões chamadas de frações, normalmente realizadas de segunda a sexta-feira, ao longo de algumas semanas. Cada sessão dura entre 10 e 45 minutos, dependendo da técnica utilizada. A dose diária é calculada para impedir que o tumor se recupere entre as aplicações e, assim, garantir a eficácia do procedimento.

Tipos de radioterapia

Existem duas principais formas de aplicação:

  • Radioterapia externa (teleterapia): é a mais comum. A radiação vem de um equipamento localizado fora do corpo e é direcionada com precisão ao local do tumor.
  • Radioterapia interna (braquiterapia): pequenas fontes de radiação são colocadas dentro ou próximas do tumor. Elas podem permanecer no local por um tempo determinado ou, em alguns casos, de forma permanente.

A escolha entre uma modalidade ou outra depende do tipo de câncer, da localização e do objetivo do tratamento.

Possíveis efeitos colaterais

A maioria dos pacientes não sente dor durante a aplicação, mas alguns efeitos podem surgir ao longo das sessões. Os mais comuns são alterações na pele do local tratado, como vermelhidão, ressecamento, sensibilidade e sensação de calor. Esses efeitos atingem cerca de 95% dos pacientes.

Outros sintomas podem aparecer de acordo com a área tratada, como boca seca, dificuldade para engolir, azia, cólicas, diarreia ou ardência ao urinar. Esses efeitos costumam ser temporários e desaparecem pouco tempo após o fim do tratamento.

A equipe médica e de enfermagem orienta o paciente desde o início, oferecendo cuidados para minimizar essas reações e monitorando qualquer sintoma que apareça. Alimentação adaptada também pode ajudar. Pacientes que tratam a região da cabeça e pescoço, por exemplo, costumam se beneficiar de alimentos mais úmidos, pastosos ou líquidos. A queda de cabelo, por sua vez, só ocorre se a radiação for aplicada diretamente na cabeça.

O que acontece se o tratamento for interrompido?

Manter a regularidade do tratamento é essencial. Pausas não programadas podem comprometer os resultados e diminuir as chances de controle da doença. Quando uma interrupção é inevitável, a equipe médica pode adaptar o plano de tratamento, ajustando a dose ou o número de sessões para compensar a pausa.

A radioterapia é um tratamento seguro, eficaz e cada vez mais preciso no combate ao câncer. Com o avanço da tecnologia e o cuidado das equipes especializadas, é possível oferecer aos pacientes não apenas mais chances de cura, mas também mais qualidade de vida durante e após o tratamento. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Entender cada etapa do processo é fundamental para seguir o tratamento com mais tranquilidade e confiança.

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