O que é?
O câncer anal surge no canal e nas bordas externas do ânus. Raro, ele responde por cerca de 1 e 2% de todos os tumores colorretais, de acordo com estimativas divulgadas pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer).
Sintomas
Mudanças perceptíveis no funcionamento do intestino e presença de sangue nas fezes podem ser sintomas do câncer anal, assim como o sangramento e a dor durante a evacuação. Além disso, coceira, ardor, feridas e falta de controle sobre a saída das fezes podem estar ligados a este câncer. Os especialistas lembram, porém, que estes sintomas podem estar relacionados a outras doenças na região do ânus e não necessariamente indicam um câncer. É por este motivo que os sintomas devem ser tratados como sinais de alerta, que merecem ser investigados por um médico.
Fatores de risco e prevenção
São diversos os fatores de risco para o câncer anal. Entre eles, destacam-se as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como as causadas por HPV, o papilomavírus humano, e HIV, vírus da imunodeficiência humana.
Outras ISTs, como condilomatose, gonorreia, herpes genital e clamídia, além da prática de sexo anal, fistulas anais e condições precárias de higiene, também podem aumentar os riscos para esta doença.
Tabagismo e a imunodepressão entre pacientes que passaram por transplantes de rim ou de coração também são fatores de risco. A prevenção contra este câncer, portanto, pode ser feita a partir do uso de preservativo em todas as relações sexuais e a diminuição ou interrupção do consumo de tabaco.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de ânus tem início a partir do exame de toque. Caso o médico sinta necessidade, pode pedir ao paciente uma anuscopia ou uma proctoscopia, através das quais pode-se extrair uma amostra de tecido para realização de biópsia.
Tratamento
Para o câncer anal, existem 3 tipos principais de tratamento: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. As opções e recomendações de tratamento dependem de vários fatores, incluindo o tipo e estágio do câncer, possíveis efeitos colaterais, preferências do paciente e saúde geral.
- Cirurgia: retirada do tumor e uma margem de tecido saudável por um cirurgião especialista. Muito utilizado em lesões precoces.
No passado, tumores de maiores extensões eram operados. Atualmente, o tratamento combinado, com radioterapia e quimioterapia, alcança taxa de cura similar comparado com a cirurgia. Se por algum motivo o paciente não consegue realizar esse tratamento combinado, a cirurgia pode ser recomendada.
- Radioterapia, em sessões diárias, administradas por um médico especialista.
Quimioterapia: São medicações de ação sistêmica que atacam as células tumorais. Podem ser realizadas por via intravenosa ou oral em conjunto com radioterapia ou de maneira isolada na doença avançada.
Fontes de consulta
INCA
CDC
OMS
Cancer.net
Revisado por:
Dr. Antonio Cavaleiro de Macedo Lima Filho – CRM 117827
Dr. Aumilto Augusto da Silva Junior – CRM 137416