O que é?
Difícil de ser diagnosticado, o tumor de ovário costuma passar despercebido até que tenha se espalhado dentro da pelve e abdômen. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico.
Sintomas
Na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos. Quando se manifestam, são sinais comuns a várias doenças e podem ser confundidos com outros problemas. Entre eles estão:
- Dor, inchaço ou pressão no abdômen, na pelve (bacia), costas e pernas;
- Náuseas, azia ou indigestão;
- Prisão de ventre, gases ou diarreia;
- Sangramento vaginal (menos comum).
Fatores de risco
Histórico familiar e fatores genéticos, com alterações nos genes BRCA 1 e BRCA 2*, são os principais fatores de risco para o câncer de ovário. As chances para desenvolver esse tipo de câncer são maiores se a mulher:
- Tem excesso de peso corporal;
- Nunca teve um bebê;
- Começou a menstruar antes dos 12 anos;
- Teve a menopausa tardia (após os 52 anos);
- Não pode engravidar;
- Fez terapia hormonal na menopausa;
- Fumar;
- Tem síndrome dos ovários policísticos.
* Os genes BRCA1 e BRCA2 estão presentes em todos os organismos humanos e sua função é impedir o surgimento de tumores através da reparação de moléculas de DNA danificadas. O BRCA1 e o BRCA2 são, portanto, genes que nos protegem do aparecimento de cânceres. Quando um desses genes sofre uma mutação, ele perde sua capacidade protetora, tornando-nos mais suscetíveis ao aparecimento de tumores malignos.
Prevenção
As mulheres devem estar atentas aos fatores de risco como manter o peso corporal saudável e consultar regularmente o seu médico, principalmente a partir dos 50 anos. Conheça outras medidas que podem diminuir a probabilidade de desenvolver o tumor de ovário:
- Gravidez anterior;
- Amamentação;
- Ter usado anticoncepcionais por mais de 5 anos;
- Ter feito ligadura de trompas, remoção dos ovários ou histerectomia;
- Mulheres com mutação no gene BRCA 1 e BRCA 2 podem realizar cirurgia para retirar os ovários preventivamente após avaliação médica.
Atenção: o exame Papanicolau não detecta câncer de ovário, apenas de colo de útero.
Diagnóstico
Entre os principais testes recomendados estão:
- Exame físico;
- Exame pélvico;
- Exames de sangue;
- Ultrassom;
- Biópsia.
Tratamento
A escolha do tratamento vai depender, principalmente, do tipo histológico do tumor e extensão da doença.
- Cirurgia: retirada do útero e dos ovários. O procedimento ajuda a avaliar a extensão da doença.
Terapia medicamentosa: quimioterapia e terapia alvo.
Fontes de consulta
INCA
CDC
OMS
Cancer.net
Revisado por:
Dr. Antonio Cavaleiro de Macedo Lima Filho – CRM 117827
Dr. Aumilto Augusto da Silva Junior – CRM 137416