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Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata: fatores de risco para a população geral

Entenda os fatores de risco e a importância do diagnóstico precoce para o tratamento de câncer de próstata

O Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata, celebrado anualmente em 17 de novembro, tem como objetivo promover a conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa enfermidade que é uma das principais causas de morte entre homens no Brasil e no mundo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

A importância do diagnóstico precoce para a cura do câncer de próstata

O diagnóstico precoce é um dos fatores cruciais na luta contra o câncer de próstata. Detectado em seus estágios iniciais, as chances de cura podem ultrapassar 90%, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Contudo, muitos homens ainda hesitam em realizar exames de rotina, seja por desinformação, preconceito ou medo, o que pode retardar o diagnóstico e reduzir as opções de tratamento.

Existem dois exames fundamentais para a detecção precoce do câncer de próstata:

  • Toque retal, essencial para avaliar o tamanho, forma e textura da glândula.
  • Dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico), exame de sangue que mede os níveis dessa proteína, que podem estar aumentados em casos de câncer.

 

Ambos os exames são complementares e fundamentais para uma avaliação precisa. Recomenda-se que homens a partir dos 50 anos realizem esses exames anualmente. Para aqueles com histórico familiar da doença ou fatores de risco, a recomendação é que o acompanhamento médico comece aos 45 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

Fatores de risco para câncer de próstata

Diversos fatores aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de próstata, e é essencial que os homens estejam cientes desses fatores para que possam discutir opções preventivas com seus médicos. Os principais fatores incluem:

  • Idade: o risco aumenta significativamente após os 50 anos, de acordo com o Instituto Oncoguia.
  • Histórico familiar: homens com parentes de primeiro grau que tiveram câncer de próstata têm mais probabilidade de desenvolver a doença.
  • Etnia: homens negros têm maior incidência e taxas de mortalidade mais elevadas, o que requer atenção especial.
  • Estilo de vida: hábitos como alimentação rica em gorduras saturadas, sedentarismo e obesidade também estão associados a um risco aumentado de câncer de próstata.

 

Câncer de próstata em mulheres trans

É comum a crença de que o câncer de próstata é uma doença exclusiva do sexo masculino. No entanto, a realidade é mais complexa, especialmente quando se considera a população de mulheres trans. Apesar da transição hormonal e, em muitos casos, da cirurgia de redesignação sexual, a próstata permanece presente no corpo dessas mulheres.

Um grande estudo de coorte retrospectivo, mencionado no Medscape em 2022, revelou uma prevalência de câncer de próstata de 0,62% em mulheres transgênero, um valor significativamente menor quando comparado à população masculina cisgênero.

Embora a incidência possa variar de acordo com diversos fatores, como idade em que iniciou a transição hormonal, histórico familiar da doença e uso de terapia hormonal, é importante ressaltar que, mesmo com a terapia hormonal feminina, o risco não é completamente eliminado. Além disso, um estudo publicado no periódico British Journal of Cancer, intitulado “Prostate cancer in transgender women: considerations for screening, diagnosis and management”, sugere que o câncer de próstata em mulheres trans pode apresentar características mais agressivas e ser mais resistente a determinados tratamentos.

A conscientização sobre o câncer de próstata em mulheres trans é fundamental para garantir o acesso a cuidados de saúde adequados. É preciso que profissionais de saúde estejam preparados para atender as necessidades específicas dessa população, realizando um diagnóstico precoce e oferecendo as melhores opções de tratamento. A inclusão das mulheres trans nas campanhas de prevenção ao câncer de próstata é essencial para que elas compreendam a importância do acompanhamento médico regular e dos exames de rotina, como o exame de PSA.

O rastreamento do câncer de próstata em mulheres transgênero (pessoas designadas como homens ao nascimento e que se identificam como mulheres) é uma questão importante de saúde, embora muitas vezes negligenciada. As mulheres trans mantêm a próstata após a transição ainda estão em risco de desenvolver câncer de próstata, independentemente de terem utilizado terapia hormonal (estrogênio, por exemplo), especialmente quando há histórico familiar (parentes próximos diagnosticados com câncer de próstata) e idade avançada.

O risco de câncer de próstata em mulheres trans pode ser mais baixo em comparação aos homens cisgênero, devido à redução dos níveis de testosterona associada à terapia hormonal. A testosterona é um hormônio relacionado ao crescimento do câncer de próstata, e a supressão dos seus níveis pode diminuir a probabilidade de desenvolvimento da doença. Entretanto, o risco não é zero, e casos de câncer de próstata em mulheres trans têm sido documentados”.

A conscientização sobre a necessidade desse rastreamento entre profissionais de saúde é fundamental, assim como a criação de um espaço de atendimento acolhedor e livre de discriminação.”

Rastreamento e controle do câncer de próstata

O rastreamento é uma prática essencial para a detecção do câncer de próstata, especialmente em homens com fatores de risco. O Ministério da Saúde e a SBU recomendam que o rastreamento seja discutido entre o paciente e seu médico, considerando os riscos e benefícios.

Além disso, é fundamental promover hábitos saudáveis, como dieta balanceada, prática regular de atividades físicas e controle de peso, como formas de reduzir os riscos não apenas do câncer de próstata, mas de diversas outras doenças.

Perspectivas de tratamento e dados recentes

Os avanços no tratamento do câncer de próstata oferecem aos pacientes opções terapêuticas menos invasivas e mais eficazes. Entre as opções, estão:

  • Cirurgia (prostatectomia)
  • Radioterapia
  • Terapia hormonal
  • Quimioterapia (em casos mais avançados)

 

O tratamento depende do estágio do câncer no momento do diagnóstico, da idade do paciente e de outros fatores de saúde.

Dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata são diagnosticados no Brasil a cada ano, mas graças ao diagnóstico precoce e aos avanços no tratamento, a taxa de sobrevida dos pacientes diagnosticados precocemente é muito alta. Em estágios iniciais, a chance de cura ultrapassa 90%, o que reforça a importância dos exames preventivos regulares.

A importância da conscientização

A conscientização sobre o câncer de próstata e a importância do diagnóstico precoce são fundamentais para salvar vidas. O Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata serve como um lembrete para que homens de todas as idades façam exames preventivos e adotem um estilo de vida saudável. No entanto, o combate ao preconceito e ao medo que muitos homens ainda têm em relação aos exames é um desafio que deve ser enfrentado com campanhas educativas.

A Rede Santa Catarina, comprometida com a saúde masculina, oferece acompanhamento especializado, exames preventivos e tratamentos para o câncer de próstata. Não deixe de consultar seu médico e cuidar de sua saúde.

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