Começa o mês de novembro, e, com ele, iniciamos o Novembro Azul, uma importante campanha de conscientização sobre o câncer de próstata. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), morre um homem a cada 38 minutos por causa do câncer de próstata. E a única forma de aumentar as chances de cura da doença é com o diagnóstico precoce.
Estima-se que um em cada oito homens desenvolverá o câncer de próstata em algum momento da vida, o que torna a doença o segundo tipo de câncer mais comum entre homens no Brasil. É por isso que a conscientização sobre o câncer de próstata é tão fundamental. Para este Novembro Azul, saiba de tudo o que você precisa sobre fatores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamento da doença.
Câncer de próstata: fatores de risco
O primeiro fator de risco para o câncer de próstata é a idade. De acordo com a ONG Oncoguia, a incidência da doença aumenta muito em homens a partir dos 50 anos, enquanto o surgimento desse câncer em homens abaixo dos 40 anos é extremamente raro. Enquanto isso, cerca de 60% dos diagnósticos de câncer de próstata são feitos em homens com mais de 65 anos.
O histórico familiar também deve ser observado. A incidência da doença em um parente de primeiro grau aumenta as chances de desenvolver o câncer de próstata em mais de 100% em relação a pessoas sem o fator hereditário.
A etnia e a cor também apontam um fator importante para os riscos do câncer de próstata. Cerca de 60% dos diagnósticos no Brasil ocorrem em homens negros (pretos e pardos), que têm aproximadamente 1,6 vezes mais chances de desenvolver a doença do que homens brancos, segundo dados de pesquisa publicada na Revista Brasileira de Cancerologia.
A obesidade e o sobrepeso também apresentam influência sobre as chances de apresentar o câncer de próstata em algum momento da vida.
Câncer de próstata: o diagnóstico
O diagnóstico precoce é muito importante para aumentar as chances de sucesso no tratamento do câncer de próstata. O Inca estima que as taxas de cura se elevam para cerca de 90% quando a doença é detectada em seus estágios iniciais. Por isso, é recomendado que homens com mais de 50 anos (ou 45, caso tenham histórico da doença na família) se consultem com um urologista periodicamente para a realização de exames preventivos.
O diagnóstico do câncer de próstata se dá por meio do exame de toque retal ou pela análise de antígeno prostático específico (PSA), via coleta de sangue. Uma vez detectada a suspeita, o médico pode solicitar uma biópsia do órgão para confirmar a doença.
Câncer de próstata: sintomas
Na fase inicial, pacientes com o câncer de próstata não costumam apresentar sintomas, o que torna muito importante a avaliação periódica para diagnosticar a doença nos primeiros estágios.
Na fase avançada da doença, é comum que pacientes relatem vontade frequente de urinar, presença de sangue na urina e/ou no sêmen, disfunção erétil, fluxo fraco ou inconstante da urina e dormência nas pernas e nos pés.
Câncer de próstata: tratamento
Uma vez diagnosticado, o tratamento do câncer de próstata pode ser feito de diversas maneiras, de acordo com o tipo, o local e as características do paciente. Em alguns casos mais brandos, a vigilância ativa é utilizada, não atuando sobre o câncer de imediato, mas monitorando a evolução da doença.
Em outros casos, pode ser utilizada a radioterapia, o bloqueio hormonal e até a cirurgia de remoção da próstata (prostatectomia).