O câncer de rim é um tipo de câncer com alto potencial de evolução no número de casos, tanto no Brasil quanto no mundo. De acordo com o Observatório Global do Câncer, órgão da Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença registrou cerca de 430 mil casos no ano de 2020 em todo o mundo. Enquanto isso, no Brasil, foram aproximadamente 12 mil casos. Para 2040, no entanto, as estimativas apontam uma crescente para mais de 660 mil casos mundiais, um crescimento expressivo que acende um alerta para a doença.
Neste Março Vermelho, mês marcado pela campanha de conscientização sobre o câncer renal e a saúde do rim como um todo, queremos aproveitar para falar mais sobre a doença, seus fatores de risco, diagnóstico e tratamento.
Câncer de rim: sintomas
O câncer nos rins é bastante perigoso, pois os órgãos são fundamentais para a filtragem do sangue, regulação da pressão arterial e produção de hormônios essenciais para o funcionamento do corpo humano.
Uma das características do câncer renal é sua capacidade de se desenvolver silenciosamente, muitas vezes sem sintomas evidentes em estágios iniciais. Isso faz com que o diagnóstico precoce seja desafiador e, muitas vezes, só ocorra quando a doença já está em estágio avançado. Os sintomas podem incluir dor lateral ou na região lombar, presença de sangue na urina, fadiga, perda de apetite, perda de peso inexplicável e inchaço abdominal e/ou nas pernas.
Câncer de rim: fatores de risco e prevenção
Embora os motivos para o desenvolvimento da doença sejam múltiplos, existem alguns fatores de risco que podem desencadear o aparecimento do câncer de rim, sendo a doença mais frequente em homens com idade entre 50 e 70 anos. Consequentemente, a prevenção está diretamente ligada aos fatores, como:
- Tabagismo: fumar é considerado um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento do câncer.
- Hipertensão: pessoas com pressão arterial elevada devem seguir tratamento para mantê-la sob controle. A hipertensão crônica traz consigo o risco de desenvolvimento para diversas doenças, inclusive o câncer renal.
- Obesidade: pessoas obesas e acima do peso têm mais tendência a desenvolver a doença.
- Histórico familiar ou de hemodiálise: pessoas com histórico familiar da doença devem se submeter a check-ups regulares para verificar a presença do câncer renal em seus estágios iniciais. Isso também vale para indivíduos que passam ou já passaram por tratamentos de hemodiálise.
- Doença de Von Hippel-Lindau: a doença é genética e rara, caracterizando-se pelo surgimento de tumores em diversos locais do corpo, inclusive nos rins.
Além disso, para manter um bom funcionamento do rim em geral, é fundamental beber bastante água, mantendo a hidratação do organismo em alta.
Câncer no rim: diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do câncer no rim normalmente é feito por meio de exames de imagem, como tomografia, ressonância magnética e ultrassonografia. Em alguns casos, o médico responsável pode solicitar biópsia do tecido para comprovar a suspeita. Por isso, é importante que pacientes dentro do grupo de risco se consultem regularmente com um especialista para avaliar a necessidade de realizar exames. A detecção precoce do câncer renal aumenta significamente as chances de cura.
Na maioria das vezes, o tratamento dos tumores envolve a remoção cirúrgica do rim. Em outros casos, procedimentos como imunoterapia, quimioterapia e radioterapia podem ser utilizados para tratar o câncer renal.