Dr. Luiz Henrique Locks, cirurgião oncológico do Hospital Nossa Senhora da Conceição
Fumar é uma das maiores causas de câncer e mortes relacionadas a essa doença no planeta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 25% de todas as mortes por câncer em todo o mundo são decorrentes do tabagismo. E engana-se quem pensa que o câncer de pulmão é o único tipo de câncer possível a partir desse hábito. Diversas modalidades de câncer são influenciadas diretamente pelo ato de fumar.
Por isso, no mês em que celebramos o Dia Mundial Sem Tabaco (31/05), trouxemos algumas informações fundamentais sobre a relação entre o tabagismo e o câncer. Fumar aumenta significativamente as chances de desenvolver câncer de diversas maneiras:
Substâncias carcinogênicas: o tabaco contém mais de 7.000 substâncias químicas, pelo menos 250 delas são conhecidas por serem prejudiciais à saúde e mais de 70 são carcinogênicas, ou seja, podem causar câncer.
Danos ao DNA: as substâncias químicas presentes no tabaco danificam o DNA das células, interferindo em seu funcionamento normal e aumentando o risco de mutações que podem levar ao desenvolvimento de câncer.
Inflamação crônica: fumar causa inflamação crônica nos tecidos do corpo, o que pode contribuir para o crescimento de células cancerígenas.
Diminuição da função imunológica: o tabagismo enfraquece o sistema imunológico, tornando-o menos eficaz na detecção e destruição de células cancerígenas em estágios iniciais.
Promoção do crescimento tumoral: algumas substâncias presentes no tabaco podem promover o crescimento de tumores existentes, facilitando a progressão do câncer.
Em resumo, fumar é um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento de vários tipos de câncer, incluindo câncer de pulmão, boca, garganta, esôfago, bexiga, rim, fígado, pâncreas, cólon e reto, entre outros.
Parar de fumar é uma decisão importante para melhorar sua saúde e reduzir o risco de desenvolver câncer e outras doenças relacionadas ao tabagismo.