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Novembro Azul: câncer masculino vai além da próstata

Saiba mais sobre os cânceres de pênis e testículo e seus fatores de risco

Durante o Novembro Azul, o foco costuma ser a conscientização sobre o câncer de próstata, já que, excetuando o câncer de pele não melanoma, ele é o tipo mais comum entre os homens. A detecção precoce é essencial, pois, quando diagnosticado no início, mais de 90% dos casos de câncer de próstata têm chances de cura.

No entanto, é importante destacar outros dois tipos de cânceres que afetam os homens e merecem atenção: o câncer de pênis e o câncer de testículo. Embora menos comuns, esses tumores têm características próprias que podem ser evitadas ou tratadas precocemente, aumentando as chances de cura. No caso do câncer de pênis, quase todos os casos podem ser prevenidos. Já o câncer de testículo, se diagnosticado cedo, apresenta altas taxas de cura.

Câncer de Testículo

A palavra “câncer” é um termo abrangente, que inclui diferentes tipos de tumores, cada um com suas particularidades. No caso dos testículos, existem vários tipos de cânceres, com diferentes abordagens de tratamento, dependendo do estágio em que são detectados.

Diferente da maioria dos tumores malignos, o câncer de testículo afeta principalmente homens jovens, com idades entre 20 e 40 anos, justamente numa fase da vida em que muitos tendem a negligenciar cuidados médicos regulares.

No entanto, a boa notícia é que esse tipo de câncer tem uma taxa de cura próxima a 100% quando tratado adequadamente, geralmente começando com a remoção do testículo afetado. Em casos mais avançados, pode ser necessário complementar o tratamento com quimioterapia ou radioterapia. No entanto, é importante lembrar que alguns casos, devido à agressividade do tumor, podem não ser curáveis.

Um dos pontos facilitadores na detecção do câncer de testículo é que, pela sua localização anatômica, ele pode ser facilmente percebido pelo próprio paciente. Recomenda-se que homens entre 20 e 40 anos realizem regularmente o autoexame dos testículos, palpando a região para identificar qualquer alteração. Caso percebam algo incomum, devem procurar um urologista imediatamente.

Vale lembrar que nem toda alteração no testículo indica câncer. Muitas mudanças na forma ou consistência podem ser benignas, reforçando a importância da avaliação médica para um diagnóstico preciso.

Câncer de Pênis

O câncer de pênis é uma doença que, por sua localização, pode causar grande receio nos homens. Muitas vezes, esse medo ou vergonha resulta em diagnósticos tardios, o que dificulta o tratamento e reduz as chances de cura.

O primeiro passo para prevenir o câncer de pênis é combater o tabu em torno da busca por ajuda médica diante de lesões penianas. Desmistificar esse tema é essencial para permitir diagnósticos precoces.

Embora o câncer de pênis seja mais frequente em homens acima dos 40 anos, a atenção à higiene íntima é crucial para prevenir a doença. Estudos mostram que o câncer de pênis está fortemente associado à falta de cuidados adequados com a limpeza dos genitais, especialmente em regiões de baixa renda, onde as condições de higiene são precárias e o acesso a serviços médicos é limitado.

Felizmente, esse é um tipo de câncer que pode ser prevenido quase completamente com medidas simples, como a higienização diária do pênis com água e sabão. Além disso, a prevenção inclui a redução do risco de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como o HPV, que está relacionado ao desenvolvimento de alguns subtipos de câncer de pênis.

O foco no Novembro Azul

Embora o câncer de próstata seja o centro das atenções no Novembro Azul, é importante que os homens também estejam cientes dos riscos dos cânceres de testículo e pênis, que continuam a ser grandes desafios para a saúde masculina.

Não podemos esquecer que as doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral, causadas por fatores como obesidade, hipertensão, diabetes e tabagismo, ainda são as principais causas de morte entre os homens, superando os cânceres masculinos em número de óbitos.

Por: Dr. Manoel Pombo, Urologista do Hospital São José e professor na Faculdade de Medicina de Teresópolis

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