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A jornada da paciente: do diagnóstico ao início do tratamento

Toda mulher deve conhecer bem o seu corpo e dedicar um tempo para praticar o autoexame das mamas. Segundo especialistas, ao menos uma vez ao mês, é recomendável observar se há alguma alteração na pele – tais como abaulamentos, retrações ou vermelhidão –, além da presença de secreções, descamações ou inversão dos mamilos. Esses são sinais que evidenciam a necessidade de avaliação médica, e é importante ressaltar que nem todas essas alterações são malignas, mas são alertas para que a mulher procure um médico para uma consulta o quanto antes.

“Acabamos de citar a prática do autoexame das mamas como uma boa estratégia para que as mulheres conheçam bem seu corpo, porém o câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem alta chance de cura – superior a 90% –, e, para que isso aconteça, é necessário que seja realizada a mamografia anualmente a partir dos 40 anos”, explica o mastologista do Hospital São José – Teresópolis, Dr. Carlos Frederico de Freitas Lima.

Ainda segundo o especialista, a ultrassonografia mamária deve ser prática constante a partir dos 25 anos de idade, e somente através da mamografia pode-se detectar alterações nas mamas antes mesmo de haver alterações palpáveis.

Outro ponto importante a ser dito é que além da realização da mamografia anualmente, a adoção de hábitos saudáveis, como a prática de exercícios aeróbicos, de trinta minutos – ao menos três vezes por semana –, a manutenção do peso ideal, evitar o consumo de álcool, evitar a exposição prolongada à reposição hormonal e a cessação do tabagismo são fatores para evitar o risco de câncer.

“Todas essas medidas têm impacto na redução dos riscos da ocorrência do câncer de mama em até 30%. Portanto, apesar de não existir uma forma de prevenção primária, existem formas de reduzirmos a prevalência da doença”, pontua o mastologista.

A estrutura de saúde, sobretudo pública, se dá de forma hierarquizada. Assim, a avaliação inicial deverá ocorrer a partir da unidade de saúde básica, segundo o Dr. Carlos Frederico. Caso haja uma suspeita, a paciente é referenciada para um centro de diagnóstico. Inicialmente serão realizados exames de imagem, na sequência, procedimentos para confirmação através de biópsia. Após a confirmação, a paciente será encaminhada para um centro terciário para tratamento com especialistas.

“Fica evidente que são vários momentos. Estudos já mostraram uma média de nove etapas, o que traz a necessidade de que haja uma grande oferta de serviços. Os ‘gargalos’ são múltiplos. Desse modo, há uma óbvia necessidade de que haja uma coordenação entre essas múltiplas etapas. Para suprir essa carência e trazer mais articulação para todo esse sistema, surgiu a adoção da prática da chamada navegação das pacientes”, diz o mastologista.

Segundo ele, várias evidências já demonstraram que em centros que adotam tal prática, as pacientes experimentam menos sofrimento com dificuldades de acesso e conseguem iniciar o tratamento dentro de intervalos mais curtos. É sabido, inclusive, que o câncer é uma doença tempo-dependente, logo, qualquer estratégia que traga encurtamento no tempo de espera trará muitos benefícios para as pacientes.

“A lei dos 60 dias foi criada para que se respeite esses intervalos nos tempos ideais, mas claramente o que se vê é mais uma tentativa que não trouxe a garantia de que os prazos aconteçam adequadamente. No nosso serviço, temos encontrado uma grande dificuldade para mantermos os prazos adequados por força de uma série de dificuldades externas”, pontua o doutor com relação à lei de número 12.372/2012, que garante ao paciente com câncer o direito de iniciar o tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) em, no máximo, 60 dias após o diagnóstico da doença.

A detecção precoce é muito importante, pois traz a possibilidade de cura, mas também a possibilidade de tratamentos mais simples. Casos iniciais são tratados, na maioria das vezes, com cirurgias menores, com a preservação da mama, diminuindo a indicação de quimioterapia. Com isso, segundo os especialistas, é importante destacar a importância de trazer essa discussão para toda a sociedade.

“O câncer de mama é o tumor mais comum que acomete as mulheres – cerca de 30% de todos os casos de neoplasia – e é uma das principais causas de mortalidade. As taxas vêm piorando alarmantemente, e esse cuidado deve ocorrer durante todo o ano”, alerta o mastologista do HSJ.

Segundo o especialista, a maioria dos casos ainda é detectada tardiamente e, com isso, são necessários tratamentos complexos e custosos para todo o sistema, muitas vezes sem perspectiva de cura por conta dos atrasos. Dessa maneira, existe a necessidade de adoção de políticas de saúde em todos os cenários que busquem definitivamente a mudança do cenário atual, em que 70% dos casos que chegam aos consultórios já estão em um estágio bastante avançado.

Do Hospital São José – Teresópolis

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