De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de pulmão é o terceiro tipo de câncer mais comum entre homens e o quarto entre mulheres no Brasil, sem considerar o câncer de pele não melanoma. Enquanto isso, em mortalidade, o câncer de pulmão é o segundo maior responsável por mortes entre homens e mulheres em todo o mundo.
O tabagismo é, disparadamente, o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. O Inca estima que cerca de 85% dos casos no Brasil estejam ligados diretamente ao hábito de fumar, ativa ou passivamente, sendo o cigarro o principal causador da doença.
Câncer de pulmão: fatores de risco
Como já falamos, o tabagismo é a principal causa do câncer de pulmão, e a exposição aos derivados do tabaco pode desencadear o desenvolvimento da doença até em quem não fuma diretamente, como em familiares ou outras pessoas que convivem diariamente com quem fuma.
Outro fator de risco relacionado ao câncer de pulmão é a exposição a substâncias tóxicas, como o amianto e o radônio. Essa incidência é bastante comum entre trabalhadores de determinados setores extrativistas e industriais, como a mineração e a metalurgia.
Pessoas que já tiveram doenças respiratórias durante a vida, como a tuberculose e a bronquite, também precisam se atentar ao risco de desenvolver o câncer de pulmão, pois as chances são aumentadas.
O histórico familiar e a exposição prolongada à poluição fecham a lista de fatores de risco mais comuns para o surgimento do câncer de pulmão.
Câncer de pulmão: sintomas
Os sintomas relacionados ao câncer de pulmão costumam aparecer somente nos estágios mais avançados da doença. A tosse persistente, muitas vezes com presença de sangue, é um indicativo comum.
Outros sintomas incluem cansaço sem motivo aparente, falta de ar, rouquidão, dores no peito, dor de cabeça, efusão pleural (acúmulo de líquidos nos tecidos que revestem os pulmões e o tórax), pneumonias recorrentes, perda de apetite e perda de peso.
Câncer de pulmão: diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do câncer de pulmão normalmente ocorre através de exames de imagens, como raio-x de tórax e tomografia, ou por biópsia pulmonar. Como a doença é mais frequente em pessoas com mais de 40 anos, é recomendável que, a partir dessa idade, fumantes ou pessoas que sejam expostas aos fatores de risco citados consultem um médico periodicamente para realizar os exames e, possivelmente, detectar o câncer em seus estágios iniciais.
O tratamento do câncer de pulmão, por sua vez, deve ser administrado de acordo com cada caso. Normalmente, o cuidado envolve radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e/ou cirurgias.
Câncer de pulmão: como prevenir
O método mais eficaz de prevenir o câncer de pulmão é não fumar ou abandonar esse hábito caso você seja fumante. Para as pessoas que convivem com fumantes, evitar inalar a fumaça e incentivar o fim do hábito são as recomendações.
Para quem trabalha em ambientes com altas taxas de partículas em suspensão ou exposição a substâncias tóxicas, como o amianto, o uso do equipamento de proteção individual (EPI) correto a todo tempo é a melhor forma de prevenir o desenvolvimento da doença.
Além disso, para todos que se encaixam nos fatores de risco, a consulta periódica ao médico, para avaliar a necessidade de realizar exames preventivos, é fundamental.
Revisado por Dr. Kelio Silva Pinto – Médico Oncologista HNSC – CRM 27353