O Dezembro Laranja começou, e com ele trazemos o alerta sobre a importância da prevenção contra o câncer de pele. A maior incidência de sol desta época, com o verão batendo às portas, combinada com as férias e o consequente aumento de visitas às praias, aumenta a exposição aos raios ultravioleta, que podem ser extremamente nocivos à saúde.
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil e no mundo, representando cerca de um terço de todos os diagnósticos em território nacional. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 185 mil novos casos de câncer de pele são detectados por ano. Por isso, é muito importante conhecer mais sobre os riscos, a prevenção e o tratamento dessa doença.
Câncer de pele: como prevenir
O desenvolvimento do câncer de pele está diretamente ligado à exposição aos raios UV emitidos pelo sol. Por isso, proteger a pele da exposição direta é o melhor caminho para prevenir os tumores cutâneos.
O uso do protetor solar é fortemente indicado, não apenas nas visitas à praia, mas também no dia a dia. Aplique o protetor sempre que for sair de casa (recomenda-se um produto com FPS superior a 30). Para atividades ao ar livre, é indicada a reaplicação a cada 2 horas, principalmente se for entrar em piscinas, no mar ou suar em excesso. Além disso, o uso de bonés, chapéus, viseiras e outras proteções à cabeça e ao rosto também são indicadas. Evite também a exposição prolongada ao sol entre às 10h e às 16h, horário em que a incidência de raios ultravioleta é maior.
Outro alerta importante é contra a prática de bronzeamentos artificiais em câmaras. Esses procedimentos com fins estéticos já são oficialmente proibidos no Brasil desde 2009. No entanto, muitos estabelecimentos ainda atuam clandestinamente. O bronzeamento artificial é um grande fator para o desenvolvimento do câncer de pele, sendo seu potencial cancerígeno equiparado ao do cigarro e do sol pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Câncer de pele: diagnóstico
O diagnóstico do câncer de pele é realizado pelo dermatologista, por meio de exames clínicos. O exame mais comum de detecção é a dermatoscopia, que permite ao médico observar as camadas mais profundas da pele, que não podem ser vistas a olho nu.
Mantenha a sua atenção a pintas e manchas na pele, principalmente se tiverem tamanho anormal (maior do que 6 mm), cor variável, bordas irregulares, assimetria ou evolução (mudanças no tamanho, na cor ou no formato). A qualquer sinal suspeito, consulte um dermatologista para uma análise mais profunda.
Existem 3 tipos de câncer de pele mais comuns: carcinomas basocelular e espinocelular (menor risco de mortalidade e maiores chances de cura) e melanoma (maior risco de mortalidade).
Câncer de pele: tratamento
Uma vez diagnosticado o câncer de pele e especificado o seu tipo, o dermatologista orientará o tratamento mais indicado. O procedimento mais comum para lidar com o câncer de pele é a cirurgia oncológica para a retirada do tumor. Em casos mais avançados da doença, radioterapia e quimioterapia também podem ser indicadas para conter o alastramento do câncer.
Assim como todos os outros tipos de câncer, o diagnóstico precoce do câncer de pele é fundamental para aumentar as chances de tratamento e cura. Mesmo para os melanomas, que representam o maior risco à saúde, a detecção nos estágios iniciais da doença representa uma chance de cura superior a 90%.